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Acontece “Baby Pignatari: O Centauro de Bronze” é lançado em 2ª edição no ano do centenário do nascimento do personagem que inspirou o livro

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(Crédito: Divulgação)

Organizado por Alcy Cheuiche, o livro traz alguns elementos sobre a vida do Hugh Hefner brasileiro, o mais famoso playboy-empresário brasileiro de todos os tempos, Baby Pignatari. Neto do Conde Francesco Matarazzo, o fundador das Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo, Baby foi um personagem singular na vida econômica e social do país.

No início da década de 1910, já industrial poderoso no Brasil, Francesco decidiu retornar à Itália, devido às suas ligações com o Banco de Nápoles. Lá, sua filha Lyidia conheceu o médico Giulio Pignatari. Casam-se em 1915. Em 11 de fevereiro de 1917, nasce Baby, na verdade Francisco Pignatari. Pouco depois, a Primeira Guerra traz a família Matarazzo de volta ao Brasil.

A obra coletiva, de autoria de Ana Macedo de Macedo, Anna Zoé da Silveira Cavalheiro, Carlos Cassel, Ivete Tôrres Dorneles, Luiz Hugo Burin, Pedro Norton Ferreira, Remaldo Carlos Cassol e Renato Pinto Beck, conta, em paralelo, a história da exploração do cobre nas Minas do Camaquã e a saga do milionário que a ela dedicou a melhor página de sua vida.

Enquanto o menino cresce em São Paulo, é narrado o triste fechamento das minas, o descaso das autoridades e o descontentamento do povo rio-grandense que culminaria com a Revolução de 1923. Em sequência é descrita a Revolução de 1932, desencadeada pelos paulistas e que só encontrou adeptos gaúchos em Caçapava do Sul e cidades vizinhas.

Em um dos melhores momentos, a narrativa leva o leitor ao carnaval de 1937 no Rio de Janeiro: o primeiro baile do Municipal, as noites no Copacabana Palace, as escolas de samba, os sucessos musicais de Carmen Miranda e Chico Alves. Baby retorna a São Paulo para o enterro de seu avô na Quarta-Feira de Cinzas. No dia seguinte completa vinte anos. Um mês depois perde o pai e começa sua carreira na indústria.

A partir de uma fotografia em que Getúlio Vargas e Baby Pignatari estão juntos num automóvel, foi intensificada a pesquisa que mostrou a grande influência nacionalista de Vargas sobre o jovem industrial. A narrativa desse primeiro encontro, acontecido no Palácio do Catete, em agosto de 1942, é rica em detalhes sobre o esforço do Brasil em tentar a sua autossuficiência na produção de cobre. O momento é grave, pois o país acaba de declarar guerra aos países do Eixo.

Ao contar a vida de Baby Pignatari, onde não faltam os detalhes picantes de seus quatro casamentos e muitas aventuras amorosas pelo mundo todo, este livro tem o mérito de recordar fatos marcantes da vida brasileira. E de revelar que o amante de princesas e artistas famosas foi também um trabalhador incansável, um amigo de Vargas e Kubitschek, um homem que lutou pela independência industrial do Brasil.

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