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Geral Conheça sete falhas da fabricante do submarino na viagem rumo ao Titanic

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Em imagem de arquivo, o submersível Titan é rebocado para um local de mergulho em Everett, Washington. (Foto: Divulgação)

O desaparecimento e a implosão do submersível Titan, da empresa OceanGate Expeditions, foi precedido por uma série de erros e condutas imprudentes por parte da fabricante. A embarcação estava desaparecida desde domingo (18) e equipes internacionais de busca criaram uma força-tarefa para tentar localizar com vida os cinco ocupantes da nave aquática. Os tripulantes, no entanto, morreram em uma “implosão catastrófica”, conforme confirmou a Guarda Costeira dos Estados Unidos na tarde dessa quinta-feira (22).

A OceanGate informou, por meio de um comunicado, que os passageiros do submersível com destino ao Titanic “tristemente se foram”. “Esses homens eram verdadeiros exploradores que compartilhavam um distinto espírito de aventura e uma profunda paixão por explorar e proteger os oceanos do mundo”, diz o texto. Confira abaixo a série de falhas da fabricante.

– 1) Janela suportava pressões de até 1,3 mil metros: Um ex-funcionário da OceanGate alertou para problemas de “controle de qualidade e segurança” do Titan, em 2018. David Lochridge, então diretor de operações marítimas da empresa, apontou em um relatório que os passageiros do submersível correriam perigo conforme o veículo atingisse águas mais profundas por conta da pressão sobre a estrutura do veículo marinho. Lochridge afirmou que a janela de visualização do Titan tinha certificação para aguentar pressões de até 1,3 mil metros. A intenção da OceanGate era levar seus passageiros até o naufrágio do Titanic, cujos destroços estão situados a 3,8 mil metros de profundidade.

– 2) Não possui GPS e é orientado por mensagens: O repórter David Pogue, da rede de televisão americana CBS News, participou da viagem exploratória ao Titanic com o submersível da OceanGate, no ano passado. Na reportagem, o jornalista mostra que a nave aquática não possui GPS e é guiada por mensagens de texto enviadas de um barco que fica na superfície da água.

– 3) Controle de videogame: Com as coordenadas recebidas por mensagens de texto, o comandante do Titan – que é o CEO e fundador da OceanGate, Stockton Rush – pilotava o submersível. Para isso, ele usava um equipamento adaptado. “Isso vai soar estranho para muitas pessoas, mas muito deste submersível é feito de peças improvisadas que estão prontas para uso. Por exemplo, você o pilota com um controle de videogame”, disse Pogue.

– 4) Carta com alerta de especialistas: A OceanGate ignorou o alerta feito por meio de uma carta assinada por 38 empresários, exploradores de águas profundas e oceanógrafos, em 2018. O documento foi enviado a Rush expressando “preocupação unânime” com a “abordagem ‘experimental’ adotada”, que poderia acarretar “resultados negativos (de menores a catastróficos) com sérias consequências para todos”.

A carta recomendava a realização de mais testes e enfatizava “os perigos potenciais para os passageiros do Titan quando o submersível atingir profundidades extremas”.

– 5) Problemas técnicos em expedições anteriores: Pogue também testemunhou a ocorrência de problemas técnicos durante a expedição que participou, com a OceanGate, para visitar o Titanic. Na ocasião, o Titan ficou duas horas e trinta minutos sem comunicação, após submerso. “Neste mergulho, as comunicações de alguma forma foram interrompidas. O submarino nunca encontrou os destroços”, disse Pogue, na reportagem. “Estávamos perdidos”, comentou Shrenik Baldota, magnata da indústria indiana que também participou da expedição. “Ficamos perdidos por duas horas e meia”, acrescentou.

– 6) Lançado de águas internacionais: Um dos signatários da carta de 2018, o engenheiro mecânico e pesquisador Bart Kemper, que trabalha em projetos de submarinos, afirmou em uma entrevista que a OceanGate evitou ter que cumprir os regulamentos dos EUA.Para isso, a empresa levou o Titan para águas internacionais, onde as regras da Guarda Costeira americana não se aplicavam, segundo o jornal The New York Times.

– 7) Embarcação experimental: Mais um trecho da reportagem de David Pogue viralizou na internet nesta semana, após o desaparecimento do Titan: o momento em que o jornalista assina um termo reconhecendo que o submersível era uma “embarcação experimental” que não havia sido “aprovada ou homologada por nenhum órgão regulador e [a viagem] poderia resultar em ferimentos, trauma emocional ou morte”. As informações são do jornal O Globo.

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