Domingo, 17 de agosto de 2025
Por Redação O Sul | 31 de julho de 2024
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou, nessa quarta-feira (31), o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Mauro Campbell Marques para o cargo de corregedor nacional de Justiça, no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Campbell vai exercer a função no biênio 2024-2026. Sua posse será no dia 3 de setembro, às 10h, no Plenário do CNJ.
Indicado para a corregedoria nacional pelo Pleno do STJ no dia 23 de abril, o ministro Mauro Campbell teve o nome aprovado pelo Senado Federal no dia 19 de junho. Também no Senado, Campbell foi sabatinado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), recebendo aprovação unânime.
Na sabatina, o ministro tratou de temas como o volume de processos em trâmite na Justiça, o controle disciplinar dos magistrados pelo CNJ e os limites da atuação do conselho.
Na ocasião, o magistrado destacou que o País ainda enfrenta um grande desafio para lidar com a alta demanda de processos no Judiciário. “Nenhum país do mundo possui 80 milhões de processos em tramitação. Nenhum juiz do mundo possui a carga de trabalho que o juiz brasileiro possui”, afirmou.
O magistrado também falou sobre o papel do juiz, que, segundo ele, “não é somente proferir sentença, mas também social”. E reforçou a necessidade de os juízes conhecerem as comarcas onde trabalham. “O juiz tem que ir a escolas, hospitais, postos de saúde. Ele precisa conhecer a realidade da sua jurisdição, para que tenha a dimensão de como poderá, por suas decisões, mudar a realidade da comunidade onde vive”, frisou.
Quem é
O ministro Mauro Campbell Marques compõe o STJ desde 17 de junho de 2008, quando foi indicado pelo presidente Lula. Campbell também exerceu o cargo de ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no biênio 2020-2022.
Natural de Manaus (AM), ele é graduado em ciências jurídicas pelo Centro Universitário Metodista Bennett, no Rio de Janeiro, em 1985, e pela Escola Superior de Guerra no curso de altos estudos de política e estratégia, em 1995.
Em seu relatório pela aprovação, o senador Eduardo Braga (MDB-AM) avaliou que o ministro do STJ tem uma “brilhante atuação”, o que inclui o julgamento de mais de 221 mil processos entre junho de 2008 e maio de 2024.