Domingo, 10 de agosto de 2025
Por Redação O Sul | 8 de agosto de 2025
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em queda de 0,45% nessa sexta-feira (8), aos 135.913 pontos. Investidores reagiram ao balanço da Petrobras. A empresa reportou um lucro de R$ 26,7 bilhões no 2º trimestre de 2025, mas a distribuição de dividendos ficou abaixo do esperado. Já o dólar teve alta de 0,24%, cotado a R$ 5,4356.
O Ibovespa foi pressionado para baixo, principalmente, pelo desempenho dos papéis da Petrobras (PETR3 e PETR4), que tiveram baixas expressivas no pregão. Ainda assim, o índice fechou a semana com alta de 2,62%.
Apesar dos dados operacionais positivos, a Petrobras viu suas ações caírem até 7% nessa sexta-feira, refletindo os resultados divulgados pela companhia. A visão do mercado é de que, apesar da alta na produção celebrada pela CEO, o balanço veio abaixo na parte financeira – inclusive nos dividendos.
A petroleira não foi a única a ser impactada pelos dados dos balanços. As principais varejistas também recuaram: Azzas 2154 (AZZA3) perdeu 7,04%, Magazine Luiza (MGLU3) desceu 5,12% e Lojas Renner (LREN3) caiu 7,26%, mesmo com números positivos. Assaí (ASAI3) cedeu 2,09%.
Por outro lado, Petz (PETZ3) subiu 0,47% e Vivara (VIVA3) ganhou 2,97%, com iniciativas estruturais no 2T25. Ainda no lado positivo do IBOV, Vale (VALE3) e bancos tiveram dia de ganhos, que auxiliaram o índice.
No cenário macro, a expectativa se volta para o plano de contingência ao tarifaço, que deve ser apresentado até terça-feira da próxima semana. Segundo o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, haverá uma “régua” para considerar a variação de exportações dentro de um mesmo setor, para tornar o socorro mais preciso.
Neste cenário, o Ibovespa oscilou entre 136.761,09 pontos na máxima e 135.659,71 pontos na mínima do dia. O volume negociado no índice foi de R$ 25,5 bilhões.
Dólar
Após sequência de quedas no câmbio, o dólar subiu 0,24%, a R$ 5,436. O movimento vai na direção contrária da divisa norte-americana no resto do planeta, que na comparação com as principais moedas do mundo fez o índice DXY ficar com menos 0,14%, aos 98,26 pontos. Na semana, acumulou baixa de 2,00%.
A moeda oscilou durante o dia inteiro na estabilidade, ora em ligeira alta, ora em ligeira baixa. O movimento de valorização se intensificou no fim do pregão.
“O que mexeu no fim do pregão foi a notícia de que Bolsonaro não deve apoiar Tarciso. A Bolsa estava próxima da estabilidade, DIs (juros futuros) não abrindo muito. O dia estava xoxo até a divulgação da notícia”, disse Mauro Orefice, gestor da B.Side Investimentos, afirmando que a proximidade com o fim do ano e a entrada em 2026 terá um aumento da relevância do tema eleições sobre o preço nos indicadores.
Bolsas de Nova York
A semana também foi positiva para ações nas bolsas de Nova York, que fecharam a sexta-feira com ganhos e a semana também no azul. O S&P 500 subiu 0,78 %, o índice de tecnologia Nasdaq teve alta 0,98%, e o Dow Jones cresceu 0,47%. Na semana, as valorizações foram de 2,44%, 3,44% e 1,35%, respectivamente.