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Política Governo Lula tenta conter desembarque de ministros

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Auxiliares de Lula apontam que esse rompimento poderia servir de matéria-prima para um discurso de combate aos privilégios. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Em reunião nessa quarta-feira (3), a executiva nacional do União Brasil chancelou a saída da legenda do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão confirma o posicionamento da federação entre União e PP de entregar os cargos na gestão petista.

As cúpulas nacionais do PP e do União Brasil decidiram na terça-feira que vão proibir todos os filiados de ocuparem cargos no governo. A decisão atinge os ministros dos Esportes, André Fufuca, do PP, e do Turismo, Celso Sabino, do União.

A reunião da executiva do União Brasil ocorreu um pouco antes de um almoço de Lula com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) e ministros do União Brasil nessa quarta-feira no Palácio da Alvorada. Estavam no encontro os ministros Waldez Góes (Integração Nacional), Celso Sabino (Turismo) e Frederico Siqueira Filho (Comunicações).

A articulação acontece no momento em que Lula tem vivido uma relação conturbada com os partidos do Centrão. Na semana passada, o presidente disse em uma reunião ministerial que não gosta pessoalmente do presidente do União, Antônio Rueda, e reclamou do presidente do PP, Ciro Nogueira, e declarou que ele tenta se viabilizar como candidato a vice em uma chapa presidencial com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Na mesma reunião, Lula reclamou que os ministros da legenda não o defendem em eventos partidários em que o governo era atacado e que poderiam sair do governo caso assim desejassem.

Aliados do presidente Lula não acreditam que a proibição imposta por União Brasil e PP, de que seus filiados ocupem cargos no governo, motive a saída dos ministros Celso Sabino (União-PA) e André Fufuca (PP-MA). Em negociações internas, a cúpula das duas legendas sinalizou prazo de 30 dias para os ministros deixarem seus cargos.

Na avaliação de articuladores de Lula no Congresso, os partidos do Centrão estão blefando quanto à possibilidade de expulsão de dos ministros e fazem o movimento para agradar o ex-presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

O presidente do União Brasil, Antônio Rueda, afirmou que, em caso de descumprimento da determinação, haverá afastamento dos filiados da legenda.

“Em caso de descumprimento desta determinação por dirigentes desta federação em seus estados, haverá um afastamento em ato contínuo. Se a permanência persistir, serão adotadas as punições disciplinares previstas no estatuto”, disse Rueda.

Para o entorno de Lula, uma solução seria os ministros solicitarem licença das legendas.

Na terça-feira, as cúpulas nacionais do PP e do União Brasil decidiram vão proibir todos os filiados de ocuparem cargos no governo. O posicionamento foi chancelado em reunião da executiva nacional do União Brasil nesta quarta-feira. A decisão afeta ministros André Fufuca e Celso Sabino, porém, ambos resistem em deixar o governo e não dão sinais de rompimento com a gestão petista.

Em nota, assessoria do ministro do Esporte afirmou que Fufuca “cumpre rigorosamente sua agenda institucional”. Deputado federal pelo Maranhão, Fufuca tem planos de concorrer ao Senado em 2026 com apoio de Lula no estado onde o petista fez 71% dos votos na eleição de 2022.

Já Celso Sabino foi chamado por Lula para o almoço nessa quarta-feira no Palácio da Alvorada. Sabino também tem planos de concorrer a uma vaga majoritária pelo Pará em 2026 na chapa com Helder Barbalho (MDB). De acordo com interlocutores, Lula já teria sinalizado a Sabino que o apoiaria na disputa. O entorno de Lula também acha improvável que Celso Sabino deixe o cargo a menos de 70 dias para a realização da COP 30 em Belém. As informações são do jornal O Globo.

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