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Rio Grande do Sul Cientista político avalia que governador gaúcho protagonizou “gesto histórico” ao assumir homossexualidade e que isso pode render frutos nas eleições do ano que vem

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"Eu sou gay, e sou um governador gay. Não sou um 'gay governador'", declarou em entrevista à Pedro Bial.

Foto: Palácio Piratini
Consultor fala em "amadurecimento da sociedade". (Foto: Maicon Hinrichsen/Palácio Piratini)

Passados cinco dias desde que o governador gaúcho Eduardo Leite concedeu entrevista assumindo publicamente a sua homossexualidade, o assunto ainda repercute. E não é somente nas redes sociais, com mensagens de apoio ou mesmo de ódio explícito à fala do gestor tucano de 36 anos: especialistas também voltam suas atenções para o fato e suas implicações.

É o caso do cientista político Andrei Roman, fundador e diretor da empresa de consultoria Atlas (especializada em pesquisa eleitoral). Em entrevista ao conceituado jornal “Valor Econômico”, ele avaliou que Leite foi protagonista de um “gesto histórico” no Brasil.

“Esse momento representa um amadurecimento da sociedade e ainda poderá render benefícios eleitorais ao político gaúcho”, pondera Roman, que não foi o único a projetar dividendos no médio e longo prazos. Afinal, Eduardo Leite tem planos de concorrer pelo PSDB à Presidência da República em 2022, como uma espécie de “terceira via” para a popularização entre Lula e Bolsonaro.

Ouvidos pelo jornal “O Estado de São Paulo” em uma reportagem especial, consultores estimam que o mais jovem governador em atividade no País pode receber 10% a mais de votos em uma eventual disputa ao Planalto.

Outro aspecto citado foi a tradicional simpatia do mercado a candidatos do PSDB, partido de Eduardo Leite e também do colega paulista João Doria. Não há como ignorar, por outro lado, o fato de que a mesma legenda que esteve no comando do Palácio do Planalto por dois mandatos consecutivos, com Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), não conseguiu mais repetir esse sucesso nas urnas.

“Ao dizer com todas as letras que é um ‘governador gay’, Eduardo Leite teria colado em si uma imagem condizente com algumas das pautas em voga no século 21: a aceitação das diferenças, do próprio corpo e sexualidade, em uma geração que não tolera os intolerantes”, avalia um dos entrevistados pelo “Estadão”, que não mencionou nomes.

Entrevista

De forma inédita para um titular do Palácio Piratini, Eduardo Leite falou pela primeira vez em público sobre a sua homossexualidade durante entrevista ao talk-show do jornalista Pedro Bial, da Rede Globo, na noite de quinta-feira. A fala ainda estava entre os assuntos mais comentados das redes sociais nesta sexta, sendo alvo de manifestações de apoio e também, infelizmente, de preconceito.

“Eu nunca falei sobre um assunto que eu quero trazer pra ti no programa, que tem a ver com a minha vida privada e que não era um assunto até aqui porque se deveria debater mais o que a gente pode fazer na política, e não exatamente o que a gente é ou deixa de ser”, declarou o governador gaúcho.

Leite prosseguiu dizendo que não tem nada a esconder e se disse orgulhoso de sua condição: “Eu sou um governador gay, não um ‘gay governador’, tanto quanto Barack Obama nos Estados Unidos não foi um ‘negro presidente’ e sim um presidente negro. E tenho orgulho disso”.

(Marcello Campos)

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