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Por Redação O Sul | 10 de novembro de 2020
Índice é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis, e tem sido pressionado pelos preços no atacado
Foto: DivulgaçãoO IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) avançou 2,67% na primeira prévia de novembro, segundo divulgou nesta terça-feira (10) a FGV (Fundação Getúlio Vargas), pressionado principalmente pelos preços no atacado. Com este resultado, a taxa em 12 meses passou de 19,45% para 23,79%. No primeiro decêndio de outubro, o índice havia registrado taxa menor, de 1,97%.
O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis. Ele sofre uma influência considerável das oscilações do dólar, além das cotações internacionais de produtos primários, como as commodities e metais.
“Nesta primeira leitura de novembro, a taxa do IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) segue influenciada pelos aumentos dos preços das matérias-primas brutas (2,31% para 4,19%) e dos bens intermediários (2,66% para 3,88%). No primeiro grupo destacam-se milho (5,08% para 17,05%) e algodão (2,42% para 18,26%). No segundo, óleo diesel (-10,09% para 2,15%) e farelo de soja (9,01% para 21,13%), destacou André Braz, coordenador dos Índices de Preços.
Já a taxa de variação do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) apresentou desaceleração com os arrefecimentos dos grupos alimentação (1,30% para 0,82%) e vestuário (0,67% para 0,34%).
Por fim, no INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) o grupo materiais, equipamentos e serviços subiu 2,45% e contribuiu para a alta da taxa em 12 meses do indicador da construção, que avançou de 6,19% para 7,88%. Em 2020, o IGP-M tem registrado uma variação bem acima da inflação oficial, que em 12 meses segue abaixo da meta central do governo para o ano, que é de 4%.